Por Giselle Cunha, Jornalista- RJ
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A história, as principais leis e dicas importantes para manter seu pet seguro

Neste mês de setembro, o importante conjunto de normas que determina as ações a serem adotadas pelos condutores no trânsito completa 80 anos. Desde a sua criação, o Código de Trânsito Brasileiro sofreu algumas alterações em sua composição.

Os pets passaram a fazer parte da nossa família, e nada mais justo do que compartilhar todos os bons momentos com eles. Claro, que o bom e velho passeio ao ar livre é necessário e indiscutível, mas já faz tempo que os peludos vão muito além disso, nos acompanham em shoppings, restaurantes, festas de aniversário e viagens. Não sei vocês, mas eu amo viajar e conhecer novas culturas, novas pessoas, a culinária local, os pontos de referência e ter a oportunidade de acompanhar as ações no cotidiano do povo nativo. Esse tipo de experiência é tão prazerosa que a companhia dos pets se torna obrigatória.

O transporte de animais em veículos é permitido pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), mas, assim como nós humanos, existem regras que precisam ser respeitas para evitar acidentes e não acarretar multas ao condutor.

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Cachorro da raça Labrador Retriever na praia com mala de viagem. Foto: Reprodução/Freepik

No artigo 252 do CTB, determina-se que é proibido dirigir o veículo transportando pessoas, animais ou volume à esquerda do condutor, entre seus braços ou suas pernas. O não cumprimento pode gerar uma multa no valor de R$ 130,16 e é considerado infração de natureza média.

Levar o peludo no bagageiro também não é permitido, pois, de acordo com o artigo 235, conduzir pessoas, animais ou cargas nas partes externas do veículo, sem autorização, é proibido. Se for constatado, trata-se de uma infração de natureza grave, o veículo deverá ser retido, o animal não poderá seguir viagem (então alguém autorizado terá que assumir o trajeto em outro veículo), além do valor da multa que é de R$ 195,23 e menos 5 pontos na carteira de motorista.

Apesar da lei não determinar uma quantidade máxima de animais para o transporte, devemos levar em consideração que todos necessitam estar presos ao cinto de segurança na parte de trás do veículo, portanto, para carros de passeio comuns, o limite seria de 3 cães.

Como fazer o planejamento e o trajeto de maneira segura, responsável e tranquila?

  • Etapa 1 – Saúde

Antes de colocar o pé na estrada, certifique-se que a saúde do seu melhor amigo esteja em dia. Confira a carteirinha de vacinação, o leve a um veterinário de confiança para uma avaliação preventiva e, caso ele seja daqueles que enjoam durante o trajeto, aproveite para solicitar ao vet as melhores opções de medicamentos que podem minimizar este desconforto, confira se o medicamento para prevenção de pulgas e carrapatos está em dia, vermífugo e repelente para regiões que tenham muitos mosquitos.

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    Cachorro da raça Golden Retriever bebendo água no intervalo da viagem. Foto: Reprodução/Freepik

    Etapa 2 – Organização e planejamento

Na reportagem Pet Friendly – Mais que um conceito, um estilo de vida, a fundadora do site Turismo 4 patas, Larissa Rios, nos deu dicas de como montar esse roteiro sem estresse.

  • Etapa 3 – Segurança

O mais comum é a utilização de um cinto de segurança específico para cachorros. Lembre-se de conferir o peso indicado no produto. Mas se preferir, existem as caixas de transporte, em que o animal que apresenta um comportamento mais agitado, fica restrito aquele espaço, tornando mais fácil o deslocamento.

  • Etapa 4 – O Trajeto

Evite que o animal esteja de estômago cheio, faça paradas de hora em hora e desça do carro para andar um pouco (considere que possa ser necessário fazer alguma necessidade fisiológica). Se possível, providencie um pouco antes uma sequência de brincadeiras para que seu melhor amigo possa aproveitar esse trajeto com um bom e velho cochilo.

A Dra Isis Ferreira é médica veterinária, formada pela UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), reforça que o principal será sempre o bem-estar do animal.  “Não adianta se preocupar com os pontos na carteira ou com as multas. O foco principal é a segurança e a vida do pet em questão.”