Por Luiza Pinheiro, Repórter RJ
Bichos de estimação são ótimas companhias para passear, brincar e se divertir, mas de um tempo para cá, eles têm sido vistos como muito mais do que isso. Eles podem atuar como suporte emocional das pessoas e muitas dizem que seus companheirinhos sabem até quando elas estão tristes e precisando de um “colo”.
 
Atualmente, uma grande parcela da população sofre com doenças como depressão e ansiedade. Em termos de Brasil, isso é ainda mais preocupante, pois o país é considerado o mais ansioso do mundo, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde). De acordo com a Instituição, a doença afeta 9,3% dos brasileiros e a depressão atinge 5,8%.
 
A estudante de veterinária Bárbara Marques passou por um período complicado ao terminar um namoro em dezembro de 2015. Ela foi convencida depois de um tempo, por sua mãe, a fazer terapia. No entanto, naquele momento, foi o único meio que arranjou para se sentir melhor. “Eu podia ter tomado alguns remédios, mas não quis. Não gosto de tomar [remédio], aí optei por nao tomar nada”, explica.
 
Apesar disso, Bárbara sempre se sentiu melhor quando estava perto de sua gata, Lisa, e a cachorra de seu irmão, Pilsen. Com essa informação, sua psicóloga deu a ideia de a estudante se apoiar em seu animais para melhorar o seu emocional, o que ela acabou fazendo.
 
Apesar de atualmente não precisar mais do apoio que foi necessário naquela época, a estudante conta que seus bichos sempre ficam com ela quando passa por algum momento em que esteja mais para baixo. “Eu acredito que elas sentem quando a gente está mal e que ficam perto para alegrar ou fazer companhia mesmo”, opina.
 
O estudante de engenharia de produção Philipe Oliveira tem alguns periquitos e um cachorro em casa e tem neles um apoio muito grande para momentos de estresse ou ansiedade. Niko, um vira-lata que chegou em sua casa alguns meses depois de ser achado na rua por outra pessoa, é quem mais o ajuda a passar por momento ruins.
 
“Ele gosta de ser abraçado e tenta me convidar a brincar ou sair com ele quando nota que estou mais desanimado. Acaba sendo engraçado, porque não sou eu quem chama ele para passear, é exatamente o contrário”, se diverte Philipe.
 
A estudante de engenharia Roberta da Conceição Figueiredo tem três gatos e três cachorros, mas conta que a ligação com os gatos – Chico, Tom e Hatoum – é bem maior, já que foram adotados da rua quando ainda pequenos. Cada um dos três a seu modo, já que a jovem explica que eles são bem diferentes entre si, a ajudam a atenuar suas crises de ansiedade. “Eles são como uma luz maravilhosa que tenho por perto”, declara.