Por Ana Luiza Timm Soares
Diretora de jornalismo: Letícia Fagundes, Jornalista
Chefe de reportagem: Juliana Monaco, Jornalista
Editora de conteúdo – Site MJ: Beatriz Azevedo, Jornalista

Há algum tempo, quando tive a “primeira vontade” de escrever um blog (sim, sou vintage :P), pensei em falar sobre este assunto: a falta de educação de alguns indivíduos. Ele teria o nome do título deste post, e lá – no blog em questão – comentaria sobre esta mazela que vem assolando a humanidade cada vez com mais afinco. É um tal de furar fila pra lá, escutar música no ônibus (sem fones de ouvido, obviamente) pra cá, e por aí vai.

Mas, em algum momento, pensei: “este assunto é muito limitado, uma hora não terei mais o que falar”, e desisti da ideia.

Pois eu estava enganada. Cada vez mais, eu me surpreendo com a incapacidade do ser humano em lidar com o trato social. Às vezes, penso que algumas pessoas não passaram pelo processo civilizador de forma completa. E olha que ele já vem se gestando há séculos!

Acredito que a falta de educação deve se constituir como o “mal do milênio”, porque nunca vi tanta incivilidade – má criação mesmo, como se a gente tivesse ensinando uma criança como ela deve se comportar – entre as pessoas como vejo hoje.

Bom, neste contexto, eis que surge a internet. Aqui, todo mundo pode falar o que pensa, dizer em que acredita, criticar, elogiar, ter liberdade e, tudo isso, com grandes chances de ter uma audiência bem maior do que se estivesse discursando em plena praça central. FREEDOM! Diria William Wallace.

Mas aqui, mais do que nunca, as pessoas se sentem no direito de exercer a sua falta de educação. É aquela coisa: “não estou vendo o outro olho no olho, vou dar mesmo a minha opinião (frequentemente de forma maldosa) e quem tá na chuva é pra se molhar”. Interessante. À medida em que o progresso tecnológico vai tomando seu rumo, tenho a impressão de que involuímos como seres humanos. E como passamos cada vez mais tempo diante das máquinas, me parece que a bola de neve só aumenta.

Na Moda isso se manifesta de uma forma bastante particular. Quem aí não lembra das “cagações de regra” de programas no estilo Esquadrão da Moda onde Stacy e Clinton detonavam as participantes, humilhando-as para depois transformá-las em “princesas” – que, em geral, voltavam ao seu estilo original porque o inventado pelo programa nada tinha a ver com elas. Ou daqueles quadros em revista que traziam fotos de Certo e Errado na hora de se vestir? Ora, faça-me o favor.

Pois pensei que esse tipo de abordagem já tivesse sido extinta há tempos. Mas, infelizmente, ainda nos deparamos com “profissionais” da área (sim, vou falar entre aspas porque discordo veementemente que o termo seja usado para este tipo de trabalho) que seguem o padrão “eu sei como você deve se vestir, fica quiete e faz o que eu mando”.

Como comentei acima, também aqueles que só querem “expor a sua opinião” (sic) no perfil da influencer digital:

– “Nossa, vai aprender a se vestir. Tá bem ridícula.” Ou: “Querida, olha, a ideia até foi boa, mas ficou bem feio. Tu parece um cão sarnento e faminto” (Adoro esse. Começa bem, mas depois o veneninho escoooooooorre).

Quer saber? Se tens o hábito de agir assim, tu não tens opiniões fortes ou és sincere – essa é ótima – és apenas o suprassumo da falta de educação mesmo. Te liga, bico de luz (eu disse que era vintage. hahaha).

Sejamos mais corteses. Mais educades. Mais CIVILIZADES. Do contrário, vão pensar que a humanidade ainda se encontra na Idade da Pedra Lascada. Porque até os sucessores destes já estavam no estágio da Pedra Polida.

Beijocas e até a próxima!