Por Luiza Esteves -RJ

Segundo uma pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), divulgada em 2018, 70% dos brasileiros não usam protetor solar todo dia e 80% não sabem a quantidade ideal para aplicar. Contudo, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o protetor solar deve ser usado diariamente.

O certo seria aplicar o filtro antes de começar as tarefas do dia e depois do almoço, mas pra quem trabalha diretamente exposto ao sol é indicado reaplicar o protetor a cada duas horas. Para o dia a dia é recomendado o filtro com FPF 15 à FPF 30 e deve-se evitar a exposição ao sol de 10h às 16h. Inicialmente é importante entender como funciona o protetor solar. Os raios solares produzem dois tipos de radiação: o UVB e o UVA. Quando vemos na embalagem escrito FPS UVB quer dizer que o produto protege a pele de queimaduras solares (responsáveis por deixar a pele vermelha e descascada) e o UVA indica que protege a pele contra o envelhecimento precoce.

Um protetor solar com FSP 50, por exemplo, protege a pele até 50 vezes mais contra queimaduras solares. O filtro químico absorve a radiação UV (alta energia) e a transforma em radiações com energias menores e inofensivas ao ser humano. As mutações genéticas podem ocorrer espontaneamente por conta da radiação. Lembrando que o câncer de pele ocorre devido a alteração do código genético e, por isso, é tão importante tomar cuidado com a exposição indevida.

Ao contrário do que muitos pensam, a luz artificial do escritório também emite raios capazes de provocar manchas. Mesmo que a sua intensidade não seja tão forte quanto a dos raios solares, os efeitos se acumulam com o tempo e podem causar manchas. A radiação emitida pelo celular e computador é chamada de luz visível e é mais intensa do que a solar. Estamos expostos a esse tipo de radiação o tempo todo.

Dessa forma, é importante tomar cuidado com a forma com que realizamos a exposição às radiações. “Contudo, vale ressaltar que os raios UVB proporcionam fixação de vitamina D, que permite a absorção do cálcio e fósforo, vitais para os ossos e dentes. Pesquisas científicas demonstram que 10 a 15 minutos de exposição solar, 2 a 3 vezes por semana, proporcionam a fixação suficiente desta vitamina. Mas deve-se levar em consideração o horário para se expor ao sol”, explica a esteticista Carol Cravo.