Por Clara Maria Lino – Rio de Janeiro

Protetor solar, chapéu, óculos escuros e roupas de proteção UV estão entre itens citados
por dermatologista para prevenção

O câncer de pele é um tumor que atinge a epiderme através do crescimento descontrolado e anormal das células que fazem parte deste órgão, o maior do corpo humano. É causado pela exposição ao sol na grande maioria dos casos. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), esta doença em específico corresponde a 33% dos diagnósticos relativos ao câncer no Brasil com registro anual de 180 mil novos casos.

É o câncer mais frequente no país e no mundo. Segundo o Ministério da Saúde (MS), a doença é mais comum com idade acima dos 40 anos e é considerado raro entre pessoas negras e crianças. Conforme o MS, a média de idade entre os mais jovens vem diminuindo devido a alta e constante exposição ao sol. De acordo com o dermatologista Dr. Elimar Gomes, Coordenador do Dezembro Laranja, Campanha do Câncer de Pele da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o motivo do câncer de pele ser tão incidente no Brasil está ligado ao fato do país ser tropical e com alta incidência solar durante o ano todo.

A definição do câncer de pele no paciente é diagnosticada através das células que são afetadas. Os tipos mais comuns do câncer são os classificados como Não-Melanoma: os espinocelulares (costuma atingir áreas mais superficiais da pele) e os carcinomas basocelulares (costuma atingir as áreas mais profundas da epiderme). Raro e letal, o tipo Melanoma é considerado o mais agressivo. Segundo Dr. Elimar Gomes, o médico dermatologista possui diversas formas de garantir o diagnóstico correto desta doença. “Alguns exames utilizados são: exame dermatológico, ​ dermatoscopia, mapeamento corporal e dermatoscopia digital e microscopia confocal. Uma biópsia também é frequentemente usada para diagnosticar se um tumor é benigno ou maligno.”

Para o INCA, os tipos relativos ao Não-Melanoma no sexo masculino são mais comuns na região Sul do país (160,08/100mil), no Sudeste (89,80/100mil) e Centro-Oeste (69,27/100mil). As regiões Nordeste (53,75/100mil) e Norte (23,74/100mil) se situam na segunda colocação. Já entre mulheres, todas as regiões são de maior frequência desse tipo da doença.

Na região Sul equivale a 97,46/100mil, na Sudeste 95,16/100mil no Centro-Oeste 92,66/100mil, no Nordeste 45,59/100mil e no Norte 27,71/100mil. Quando o assunto é o Melanoma, a incidência é menor. Com maior frequência na região Sul do país, o tipo da doença registra 2.920 casos novos em homens e 3.340 novos casos em mulheres, anualmente. Para Dr. Elimar Gomes, o diagnóstico precoce é fundamental: “O diagnóstico precoce de um câncer de pele é imprescindível para aumentar as chances de cura do paciente.

” Além disso, Dr. Elimar enfatiza a importância do filtro solar.”É indispensável o uso diário de protetor solar FPS 30 ou maior, usar chapéu e óculos escuros, roupas com fator de proteção ultravioleta no tecido, evitar exposição ao sol no período entre 10h e 15h e permanecer na sombra sempre que possível. Além disso, visitar o dermatologista pelo menos uma vez por ano.”