Por Mirian Romão- São Paulo
Em meio a crise mundial causada pelo novo coronavírus, lojas e comércios tiveram que fechar suas portas até o final da quarentena, mesmo sendo possível o uso de aplicativos para ajudar nas vendas, o número de desemprego pode dobrar nessa pandemia. 
 
Segundo um estudo dos pesquisadores do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), a crise do coronavírus pode deixar até 12,6 milhões de pessoas desempregadas. 
 
O governo está distribuindo o auxílio emergencial para garantir a renda extra a trabalhadores formais e informais, que somam R$170 bilhões. Cerca de 804 mil pessoas já perderam o trabalho e precisam recorrer ao seguro-desemprego ou ao auxílio emergencial do governo, segundo o Correio Braziliense
 
Dados divulgados pelo Ministério da Economia, mostram que o governo recebeu 536.845 mil pedidos do seguro-desemprego em março desde ano, ao todo são 804 mil nesse período de pandemia. 
 
Por sua vez, o governo garante que está trabalhando para atender toda a demanda de solicitações de seguro desemprego. O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, afirmou que o país terá aumento da pobreza, do desemprego e do número de falências de empresas, por conta da crise, conforme reportou a Folha de São Paulo.
 
Contudo, uma forma dos empreendedores continuar vendendo seus produtos sem precisar necessariamente abrir a loja, é através de aplicativo. 
 
As compras por aplicativos avançaram mais de 30% no primeiro mês de isolamento social, segundo a pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva. 
 
A expectativa é que após a pandemia a tendência continue em alta, cerca de 32% dos consumidores planejam reduzir as compras em lojas físicas e 49% pretendem comprar mais por aplicativo. 
 
De acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) apontam que os supermercados on-line registraram aumento de mais de 180% nas transações.
 
A maior plataforma de e-commerce, Mercado Livre registrou 1,7 milhão de novos compradores de fevereiro a março, um aumento de 28% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo o MoneyTimes. Os analistas do HSBC afirmam que o coronavírus acelerou a tendência de compras on-line. 
 
A Amazon pretende contratar cerca de 100.000 funcionários nos Estados Unidos para atender a demanda no momento da pandemia. O número de desemprego nos EUA chegam a 33 milhões, o país registrou mais de 3,169 milhões de novos pedidos de seguro-desemprego nas últimas semanas.