O Instituto Mulheres Jornalistas, foi anunciado como vencedor, em primeiro lugar, do Prêmio Semear Internacional de Jornalismo – edição 2020/2021, na categoria internet.

O Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola – FIDA, agência especializada da ONU, por meio do Programa Semear Internacional e em parceria com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura – IICA, relançou em 2021 o Prêmio Semear Internacional de Jornalismo.

Mesmo com a pandemia que assolou o trabalho de jornalistas do mundo todo, as jornalistas Letícia Fagundes, Juliana Monaco e Camila de Freitas, produziram, reportaram e editaram a série de reportagens em vídeo, “O combate à fome nas regiões semiáridas”, que as classificou.

Comprometimento e luta diária

Manter o site, as redes sociais e demais conteúdos e a administração da equipe, remota, em vários Estados do Brasil e do mundo, é uma tarefa diária e que exige comprometimento e responsabilidade. Por meia década, o Instituto Mulheres Jornalistas defende pautas, quais a grande mídia não dá o mesmo espaço e tempo de reportagem. Foi pensando nisso, que as três jornalistas criaram a série de reportagens, que afunila assuntos como a fome no Brasil, a agricultura feminina e familiar no nordeste do Brasil, onde há regiões de seca.

Palavra das vencedoras

A repórter da série, Letícia Fagundes, fala como é reportar em tempos de covid19 e ter reconhecimento. “Toda equipe, diariamente, trabalha muito. Esse prêmio do Semear Internacional de Jornalismo, é o resultado de muito sol na cara, muitos quilômetros rodados. Gravei sozinha em ambientes com bastante bicho solto, meio de mato, criando meus textos e pedindo apoio para minhas colegas, uma em Santa Catarina a outra em São Paulo”, afirma.

“Estar no Instituto MJ é uma realização, porque conseguimos construir jornalismo, na internet, que é uma plataforma que acolhe o conteúdo que acreditamos. Essa série eu não quis reproduzir o sensacionalismo, em cima da dor das pessoas, mas como e o que elas podem ensinar para o mundo inteiro, em regiões sem nada. Sem água, sem comida, estes projetos importantes alcançam mulheres nordestinas agricultoras, que são provedoras do sustento do lar”, conclui a repórter.

Para Camila Freitas, editora de imagens da série, o lugar da mulher é onde ela quer estar e ser reconhecida em qualquer área e profissão. “Foi muito forte olhar os relatos das mulheres, nas reportagens da série, e tendo certeza que não somos o sexo frágil”. Camila, ainda fala sobre ter ganho o prêmio em primeiro lugar, “Foi um trabalho bem pesquisado, bem analisado, a gente teve muito esforço nosso, para ficar bem explicado, que todas pessoas pudessem entender, qual a função de cada instituição e o trabalho social. É gratificando saber que ganhamos, por um trabalho bem feito, bem explicado e desenvolvido, fico muito feliz”.

Para a chefe de reportagem da série, Juliana Monaco, o reconhecimento faz toda diferença. “É uma grande honra receber o prêmio em nome do Instituto MJ. É a prova que podemos fazer jornalismo de qualidade, que valoriza a luta social como um dos pilares para uma sociedade mais justa”, finaliza.