Por Giulia Ghigonetto-São Paulo
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O longa dirigido por Bárbara Paz, “Babenco: Alguém tem que ouvir o coração e dizer: parou” representará o Brasil na corrida por uma vaga no Oscar 2021. Ele já foi premiado como melhor documentário no Festival de Veneza de 2019 e no Festival de Viña Del Mar, no Chile, em 2020.

O documentário fala sobre o cineasta e marido da atriz, Hector Babenco (1946-2016), mostrando seus medos e ansiedade, além de memórias e reflexões.

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Hector Babenco em cena de “Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou”

A diretora gaúcha explora paralelos entre a carreira do diretor argentino naturalizado brasileiro, indicado ao Oscar por “O beijo da mulher aranha” (1985), e as doenças que sofria. Babenco faleceu em 2016, aos 70 anos de idade, em decorrência de uma parada cardiorrespiratória. Ele também dirigiu clássicos como “Pixote: A lei do mais fraco” (1982) e “Lúcio Flavio, o passageiro da agonia” (1977), além do aclamado “Carandiru” (2003).

 

O anúncio da escolha foi feito pela Academia Brasileira de Cinema, na quarta-feira (18), após reunião do Comitê de Seleção presidido pela diretora e roteirista, Viviane Ferreira. Além dela, ele é composto por diretores, roteiristas, produtores e diretores de arte como André Ristum, Clélia Bessa, Leonardo Monteiro de Barros, Lula Carvalho, Renata Maria de Almeida Magalhães e Toni Venturi. 

Em entrevista ao site G1, Paz se diz emocionada com o feito e completou “O mais bonito disso tudo é que as pessoas tenham interesse em ver o filme, em ver o documentário, em assistir os filmes dele de novo e manter a chama de Babenco acesa. Só tenho a agradecer. O Brasil vai estar muito bem representado.”. 

 


Trailer do filme indicado ao Oscar

Agora, a produção tenta uma vaga entre os cinco lugares na categoria de Melhor Filme Internacional da premiação. Os finalistas serão anunciados em 9 de fevereiro, os indicados em 15 de março e a cerimônia do Oscar 2021 acontece em 25 de abril.

Vale lembrar que este é o segundo ano consecutivo que um longa dirigido por uma mulher brasileira pode chegar à maior premiação do cinema mundial. Na última edição, o documentário “Democracia em Vertigem”, de Petra Costa concorreu a estatueta. 

Isso mostra a força da participação feminina no audiovisual nacional e que o lugar da mulher é onde ela bem entender!