As oportunidades no mercado para futuras desenvolvedoras
Mirian Romão, Repórter São Paulo
Normalmente o mercado tecnológico é concorrido entre os homens, entretanto, as mulheres também marcaram a história da tecnologia. Algumas invenções femininas mudaram o mundo, como o Wi-Fi, que foi inventando pela atriz Hedy Lamarr. Constantemente mulheres buscam se destacar no mercado de tecnologia.
Algumas empresas providenciam cursos gratuitos para mulheres que gostam de tecnologia e pretende exercer a profissão. Há iniciativas governamentais de curso gratuitos voltados para área de tecnologia, por exemplo, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que está presente em algumas universidades.
O Pronatec oferece cursos de educação profissional e tecnológico, com o intuito de ampliar o ensino técnico, algumas instituições da Rede Federal de Educação Profissional disponibilizam o acesso ao curso. Inclusive, enquanto cursava o segundo semestre da faculdade de Jornalismo, realizei o curso do Pronatec em Programação de Jogos Digitais, a iniciativa do governo me proporcionou aulas de Java, Informática e algumas plataformas para programar os jogos.
A instituição de ensino Senai, de São Paulo, tende a incentivar cursos na área, em abril de 2019, a instituição disponibilizou uma turma para o curso em tecnologia Blockchain, online e gratuito. A ONG Peruana, Laboratoria, com atuação aqui em São Paulo, está com inscrições abertas para quem tem interesse em se tornar uma desenvolvedora front-end, os cursos são gratuitos, com duração de até seis meses e exclusivos para as mulheres. Com o objetivo de incentivar e transformar a vida das mulheres, com possibilidade de construir um futuro melhor no mundo digital.
Entretanto, por mais que tenha iniciativas governamentais e algumas instituições, ainda sim, as mulheres são minoria no mercado de trabalho. Para Tieme Akamine, a tecnologia sempre fez parte de sua vida, desde criança gostava de videogame, o que possibilitou o amor a profissão. Atualmente, Tieme é desenvolvedora front end da Claro Brasil e se dedicou para conseguir bolsa na universidade, se formar e consegui um trabalho melhor na área.
Conforme declaração da Tieme, vale muito a pena mulheres se dedicarem e procurar a área de desenvolvimento, pois não tem a necessidade do diploma. “Além disso, se você for muito boa no que faz tem várias oportunidades de trabalho remoto. Acredito que seria muito legal ter oficinas básicas de programação para mulheres, pois somos ensinadas desde novas que exatas não é para gente, mas é sim! Espero que no futuro seja possível desmistificar essa ideia de que mulheres não nasceram para área de tecnologia”, declara Tieme.
De fato, as mulheres ocupam cerca de 44% do mercado de trabalho de TI, conforme dados disponibilizados no portal do Governo do Brasil. As mulheres devem seguir a profissão que almeja, trabalhar e estudar com tecnologia é possível e a cada ano a acessibilidade aos cursos vem melhorando. Segundo Tieme, “o mercado está bem acessível. Claro que algumas empresas ainda exigem que você tenha um diploma de faculdade ou tecnólogo, mas muitos outros lugares não exigem. Vários amigos meus trabalham há anos na área e não tem nenhum curso, se você conseguir estudar por contra própria e mostrar para empresa que você tem o conhecimento, isso é o suficiente. Mas tem que estudar pra valer!”.
Apesar de tantas dificuldades na profissão, finalmente o mercado está se acostumando a ver mulheres na tecnologia, possibilitando acessibilidade para cursos técnicos e profissionalizantes na área.