Referência no país, vinhos gaúchos somam 90% das vendas no mercado interno
Por Vivian Jorge, jornalista – RS
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Diretora de jornalismo: Letícia Fagundes, Jornalista
Chefe de reportagem: Juliana Monaco, Jornalista
Editora de conteúdo – Site MJ: Beatriz Azevedo, Jornalista
Com a pandemia, o consumo brasileiro de vinhos finos cresceu mais de 40%
Principal estado produtor de vinhos do país, o Rio Grande do Sul coleciona inúmeras premiações com seus vinhos finos, em especial, as vinícolas da Serra Gaúcha. Porém, não é somente o mercado interno que obteve aumento na produção e venda. Neste primeiro semestre de 2021, a venda de vinhos brasileiros ultrapassou os 15 milhões de litros, com um aumento de 41% em relação ao mesmo período de 2020, segundo a União Brasileira de Vitivinicultura (UVIBRA).
Isso se deve, também, a uma flexibilização neste um ano e meio de pandemia: a reabertura de fronteiras e portos em muitos países, por exemplo. Além disso, os brasileiros, com o distanciamento, passaram a consumir mais, bem como deram preferência pelos vinhos nacionais, visitando vinícolas e as prateleiras dos supermercados, ajudando na economia e aquecendo o mercado interno, que, com a crescente do dólar, refletiu nas taxas de importação/exportação.
E você? Consumiu vinhos ou apreciou essa bebida versátil, produzida pela uva? Vou te contar que sou apaixonada por vinhos, principalmente os gaúchos, sempre que possível aprecio nossas vinícolas. Tanto branco, rosé, tinto, espumante, seco, suave etc.
Te convido a servir uma taça e lermos juntos esse texto do mundo dos vinhos.
Tipos de vinhos e harmonizações
Com a chegada da pandemia e a alta do dólar em 2020, os vinhos brasileiros conseguiram alavancar as vendas, tornando-se uma das bebidas do setor agrícola mais importante no mercado. Na América Latina, por exemplo, o Brasil perdeu somente para a Argentina, com uma média de consumo de 2,6 litros por pessoa.
Já o tipo preferido foi o tinto, um vinho mais encorpado e de cor escura que combina com inúmeras texturas, aromas e sabores. Apesar de existirem muitas categorias e subcategorias, os tintos podem ser Malbec, Cabernet Sauvignon, Merlot, entre outros. Já seu amadurecimento varia de acordo com o tipo de uva, quantidade de produção da vinícola, estilo do vinho etc., podendo ser em tonéis de madeira, próprias garrafas, tanques de aço e por aí vai. Os tintos podem ser harmonizados com pratos mais intensos como carnes vermelhas, cordeiro, apimentadas ou assadas, molhos, massas, queijos e, até mesmo, com carnes brancas e peixes indicado com um merlot.
Já os vinhos brancos são mais leves, possuem uma coloração mais pálida, que varia do amarelo-esverdeado até o mais profundo dourado-âmbar. São bebidas saborosas frutadas e aromáticas, geralmente apreciados jovens, que necessitam de harmonização com pratos leves como peixes, risoto de funghi, aves, saladas etc. Os mais conhecidos são Chardonnay e Sauvignon Blanc.
Roses, por um tempo, não foram ‘tão’ apreciados quanto os tintos e brancos, justamente, por ser um vinho mais diluído. É claro que, com os inúmeros vinhos finos produzidos no Brasil e exterior, ganharam os holofotes e, hoje, conquistam muitas mesas, inclusive, as que acentuam o seu aroma frutado e ácido como com tábuas de frios, frutos do mar e massas.
Por ser uma bebida que pode ser consumida o ano todo, o vinho rosé tem várias técnicas e tipos produção, desde maceração curta, em que as uvas tintas são amassadas e dão origem ao mosto (sumo de uva) que fica em contato com as cascas por poucas horas; a técnica do corte que mistura o vinho tinto e branco para produzir o rosé; até na chamada sangria, referente ao processo inicial de fermentação do tinto.
Para o analista de marketing da Vinícola Miolo, Rodinaldo Severo Goularte, de 33 anos, as principais diferenças entre os tipos de vinhos são as uvas utilizadas e o seu processo de elaboração. As uvas brancas resultam em vinhos brancos, as uvas tintas podem ser elaborados vinhos tintos, roses e, também, elaborar vinhos brancos. “No processo de extração de cor chamado maceração, o tempo de contato com as cascas faz com que se tenha uma maior ou menor extração de compostos fenólicos, consequentemente, de cor”, avalia.
Agora, você sabia que as espumantes também são vinho? Espumante é uma das bebidas mais apreciadas no mundo. De cor dourada e com sabor inigualável, o espumante é feito a partir de duas fermentações alcoólicas: a primeira refere-se à produção do vinho branco, sem as famosas borbulhas (perlege); a segunda diz respeito ao gás carbônico, quando acionado a partir de um licor de tiragem composto por açúcar, leveduras e álcool. Dessa combinação ministrada por um enólogo é que se originarão as diferentes espumantes: Moscatel, Demi-Sec, Sec, Brut etc.
Segundo o enólogo e professor, Edegar Scortegagna, de 40 anos, uma boa harmonização é um equilíbrio no qual não se deve sentir muito o gosto de vinho e nem do prato depois do consumo. “O espumante é um coringa, pois tem borbulha e acidez. Se comemos um prato com frituras, por exemplo, o espumante por ter gás carbônico e acidez auxilia na salivação, ‘limpando a boca’”.
Já a diferença de aromas e sabores do espumante para o vinho é o sabor mais fresco, floral ou frutado e o gás carbônico, que diferente do vinho, são mais estruturados e pesados. “Existem espumantes mais potentes e maturados, porém o gás carbônico leva o frescor e acidez que fazem a diferença”, diz Scortegagna.
Conforme o Conselho de Planejamento e Gestão da Aplicação de Recursos Financeiros para Desenvolvimento da Vitivinicultura do Estado do Rio Grande do Sul (Consevitis-RS), neste primeiro semestre de 2021, o Rio Grande do Sul foi o estado brasileiro que registrou o melhor resultado nas exportações de espumantes com 132% em volume e 93% em valor, comparado ao mesmo período do ano anterior.
Vinícola Miolo
Localizada no Vale dos Vinhos, em Bento Gonçalves, a Vinícola Miolo iniciou sua caminhada no Brasil, em 1897, quando Giuseppe Miolo chegou ao estado, mais precisamente onde hoje se encontra o Vale dos Vinhedos, e comprou o seu primeiro lote de terra para iniciar o plantio das uvas.
Dando início a tradição vitícola da família no Sul, na década de 70, foram os pioneiros no plantio de uvas finas, fazendo com que os netos de Giuseppe Miolo, Darcy, Antônio e Paulo ficassem muito conhecidos na região pela qualidade de suas uvas. Segundo o, também, enólogo Rodinaldo Goulart, no final da década de 80, uma crise atingiu as cantinas, dificultando a comercialização de uvas finas e forçando a família Miolo, a partir de 1989, a produzir o seu próprio vinho para a venda a granel para outras vinícolas.
Com apenas 30 hectares de vinhedos, a Miolo iniciou produção própria e, hoje, essas terras ficaram dentro da demarcação com Denominação de Origem da primeira região vitivinícola do Brasil, onde o vinho ícone da família é produzido, carregando o nome do Lote 43.
Em sua trajetória, a Miolo conquistou muitos prêmios, atualmente, seu portfólio é composto por 112 produtos: 30% espumantes e 70% vinhos tranquilos. “Hoje, toda produção de uvas é dos vinhedos próprios da Miolo. São cerca de 25 variedades de uvas usadas na elaboração dos vinhos comercialmente, mas temos ainda cerca de 40 variedades em testes”, comenta Goulart.
Ele explica que os tipos de uvas podem ser diferenciados, principalmente, pelo seu material genético. Mas durante sua produção, algumas variáveis como solo, clima e manejo podem alterar suas características. Quanto ao processo de colheita, o enólogo diz que pode ser alterado conforme o tipo de vinho que se deseja elaborar.
Além dos vinhos finos, principal foco da Vinícola Miolo, outros produtos são produzidos, como destilados e sucos de uva sem adição de açúcar, corantes ou qualquer tipo de conservante, e veganos.
A Miolo também oferece uma Escola do Vinho: o Winemaker, um programa ideal para quem deseja viver uma experiência completa no mundo do vinho e pode participar desde a colheita de uvas até a elaboração do seu próprio vinho. Segundo o analista, toda experiência é acompanhada do enólogo da família, Adriano Miolo, e de toda equipe da vinícola. “As aulas são divididas em 4 encontros presenciais que acontecem no período de um ano e meio, de sexta a domingo, com exceção de um dos encontros, que acontece de quinta a domingo. Durante os encontros, os participantes ficam hospedados no belíssimo Hotel e SPA do Vinho Caudaliè, participando de degustações especiais, almoços e jantares temáticos e harmonizados. Ao final do programa, você ganha 60 garrafas do vinho que produziu, com um rótulo totalmente personalizado”, comenta.
A Miolo está presente em mais de 30 países e produz cerca de 10 milhões de litros por ano.
Benefícios do vinho para a saúde
Quem nunca escutou aquela dica: para a longevidade, uma taça de vinho todos os dias. Não sei se procede, mas minha bisavó tomava uma taça de vinho todos os dias e durou até os 100 anos, acreditem!
Sabemos que o vinho traz muitos benefícios, entre eles para a saúde do coração, riscos de diabetes e prevenção de algumas doenças. Para Rodinaldo, o vinho gera muitos benefícios por trazer em sua composição os compostos fenólicos, como agentes antioxidantes e resveratrol que auxiliam contra o envelhecimento precoce e redução da pressão arterial, entre outros.
Seu consumo moderado pode auxiliar, ainda, em quadros de depressão e Alzheimer, e combate à obesidade, de acordo com o Maiquel Vignatti, de 39 anos, gerente de marketing e turismo da Vinícola Garibaldi. “Se bebido de forma moderada e com regularidade (uma taça por dia), o vinho pode trazer diversas condições para uma melhor qualidade de vida e prevenir algumas doenças, em especial as de origem cardiovascular”, observa.
Além disso, o suco de uva é um poderoso remédio para o organismo, pois suas propriedades antioxidantes agem de modo a prevenir o câncer, por exemplo, e também doenças neurodegenerativas e inflamatórias, aponta publicação da Vinícola Garibaldi. O texto, também, traz que os sucos integrais produzidos com 100% de uva (sem a adição de água ou de açúcar) concentram grandes quantidades de antioxidantes e de vitaminas, sendo um alimento capaz de atuar não apenas na prevenção de doenças como no auxílio ao aumento da imunidade.
Vinícola Garibaldi
Vamos ativar as memórias gastronômicas afetivas. O primeiro espumante que tomei foi um da Vinícola Garibaldi. Isso já faz uns bons anos e eu nunca me esqueci do sabor adocicado e da cor rosé.
Também, tradicional na Serra Gaúcha, a Vinícola Garibaldi foi fundada por 73 produtores rurais, em janeiro de 1931, na cidade de Garibaldi (RS). Hoje, os espumantes, vinhos, sucos e derivados são elaborados com uvas cultivadas por 434 famílias associadas, em 1.200 hectares de vinhedos na região.
Somente em 2020, a cooperativa produziu mais de 17 milhões de litros, que, segundo Maiquel, estão em um portfólio de 87 itens divididos em: vinhos finos e de mesa, espumantes, suco de uva, filtrado doce com e sem álcool. Entre os produtos, a Garibaldi oferece um vinho e um suco de uva Orgânico e um espumante e um suco de uva biodinâmico.
A agricultura biodinâmica que, também, é orgânica, é uma técnica em que não há uso de sementes tratadas ou produtos para adubar o solo, de acordo com a Vinícola, auxiliando no fortalecimento e equilíbrio das plantas, que resultam em alimentos mais intensos e saborosos.
No entanto, entre as variedades, a vinícola produz 30 estilos e categorias diferentes, entre vinhos tintos, branco e rosés. Já nos espumantes, entre moscatel, brut, brancos e rosés, são 20 tipos. “Os vinhos são diferenciados por vários fatores. Processo de elaboração, envelhecimento ou não em barricas de carvalho, teor de álcool, teor de açúcar residual, variedades e regiões diferentes de elaboração, entre outros. Já suas características gustativas, como aromas e paladar, diferenciam os tipos de vinhos. Brancos e rosés são mais florais e refrescantes, enquanto tintos são mais complexos e gastronômicos”, complementa Vignatti.
A Garibaldi conquistou muitos prêmios, tornando-se a vinícola brasileira mais premiada no mundo. Segundo o gerente de turismo da Vinícola, nos últimos 5 anos, foram mais de 300 premiações nacionais e internacionais, com destaque para o espumante Moscatel – eleito o melhor espumante do Conesul, em 2019, pelo Catad’or, no Chile, e por cinco anos consecutivos entre os melhores vinhos do mundo, com premiações na Itália, França, Espanha, Inglaterra, Brasil, Chile, Argentina etc.
Quanto às variedades de uvas usadas nos vinhos tintos da Vinícola, as principais são Cabernet Sauvignon e Tannat, que produzem vinhos mais encorpados e densos;
Merlot, Carmenére e Malbec, com vinhos alcoólicos, porém delicados ao paladar; e
Pinot Noir e Shyraz, com aromas e densidades mais leves e frutados.
Nos brancos, as principais usadas são Chardonnay; Riesling, mais refrescantes e joviais; e Moscato, vinhos mais aromáticos. “Nos espumantes temos Brut, demi-sec e moscatel. Este último mais doce e de menor teor alcoólico. Os bruts variam de acordo com o processo de elaboração, em sua maioria os tradicionais (fermentação na garrafa) são mais encorpados e com viés gastronômico, enquanto o charmat (fermentação em tanques) é mais leve e refrescante”, menciona.
Hoje, a Garibaldi tem uma ótima capilaridade e chega a todos os estado da federação, inclusive exportando para 17 países, com destaque para Canadá, EUA, Chile, Colômbia, Japão, Portugal e Reino Unido. “Vejo um mercado em constante evolução. Assim como em qualquer categoria, o mercado de vinhos precisa ser segmentado de acordo com a perspectiva de cada vinícola, com definição de estratégias para alcançar seu target”, finaliza Maiquel Vignatti.
Mercado brasileiro e internacional
Apesar de existirem mais de 1.300 variedades de uvas que se produz vinho, e sua maioria encontra-se na Itália e França, o Brasil bateu recorde em vendas de vinhos finos e espumantes nestes primeiros seis meses.
De acordo com a UVIBRA, as vinícolas brasileiras estão em um bom momento no mercado interno, uma vez que, comparado ao mesmo semestre de 2020, houve um crescimento de 41,15%, passando de 10,8 mi de litros para 15,2 mi de litros. Entre os espumantes em alta, o tipo brut obteve destaque com 3,7 mi de litros, o correspondente a 52,03% de incremento se comparado ao mesmo período do ano passado.
Há 12 anos enólogo da Vinícola Luiz Argenta e professor da Escola de Cursos ConceptWine, a qual é sócio fundador, Edegar Scortegagna avalia que o mercado de vinhos no Brasil está em ascensão e vem crescendo exponencialmente na pandemia. “Hoje, o mundo produz 25 bilhões de litros de vinhos em média. Os maiores produtores são Itália, França e Espanha, porém o Brasil tem um potencial de consumo muito grande devido ao número da população e, por ser, um país diversificado que consome tanto o tinto, quanto rosé ou branco e espumantes”, explica.
Nesta esfera, o Rio Grande do Sul é quem produz cerca de 90% dos vinhos brasileiros. “Com certeza, o RS é referência na produção de vinhos há, pelo menos, 140 anos. Temos cultura, história e bons vinhos. Não vejo concorrência entre as vinícolas do estado, e sim, oportunidades por que as vinícolas estão apostando no enoturismo, que com a pandemia cresceu muito. Muitas pessoas que vem para cá pela primeira vez, estão se encantando. Isso acelera as vendas, pois as pessoas que gostaram vão retornar”, observa Edegar.
Além do mercado de vinhos finos e espumantes, o suco de uva nacional também alcançou resultados satisfatórios no primeiro semestre de 2021. Apesar de o volume ser menor do que é comercializado no Brasil, percentualmente o crescimento foi maior em relação às exportações, divulgou no início deste mês, a União Brasileira de Vitivinicultura.
Especialistas dão dicas de como escolher um bom vinho
O que é um bom vinho? Um vinho caro? Uma garrafa ou um rótulo bonito? Para nossos entrevistados as respostas foram unânimes: conhecimento.
Segundo o enólogo e analista da Miolo, escolher um vinho pode ser bastante complexo, pois existem muitos mitos. Então, para escolher um bom vinho ou você tem um conhecimento básico ou é melhor pedir uma dica para o amigo ou para o atendente ao visitar uma vinícola. A qualidade de um vinho é muito relativa e depende muito do gosto individual de cada um.
Para o gerente de turismo da cooperativa Vinícola Garibaldi, conhecimento é fundamental. “O vinho é, sem dúvidas, a bebida com mais opções e estilos diferentes entre todas as bebidas. O fator escolha é ligeiramente percebido a medida de entendemos nosso paladar. Se gostamos de bebidas encorpadas, o ideal é um tinto seco de safras mais antigas. Se nosso paladar pede refrescância, os espumantes são uma ótima pedida (um Moscatel vai bem para o final de expediente, um prosecco para um momento de descontração e um brut acompanha bem um prato bem estruturado). Se for um encontro casual, um branco seco ou frisante cai muito bem. Em síntese, a escolha do vinho perfeito é um procedimento similar à escolha de um prato no menu de um restaurante. O momento, a ocasião, a companhia e, por fim, o paladar vão definir a escolha”, indica.
Edegar Scortegagna, da Vinícola Luiz Argenta, diz que para escolher um vinho é ter o mínimo de conhecimento, ou ir a uma adega/loja que tenha um sommelier para indicar. “O bom é sempre fazer algum curso, nem que seja curta-duração, para que você aprenda a identificar um rótulo e entendê-lo, pois cada pessoa tem um gosto. Caso contrário, a compra é feita sempre no impulso do rótulo ou da apresentação do mercado”.
Enoturismo
O lado ‘bom’ da pandemia é que nos permitiu conhecer lugares novos, uma vez que viajar para fora do país tornou-se quase impossível. Então, é aproveitar o que nosso país e cada cantinho especial dos estados têm a oferecer. Nosso país é lindo, rico, tem praias, lagos, matas, turismo é o que não falta. Mas, lembre-se, estamos em uma pandemia, cuidados redobrados!
Neste último ano, um dos segmentos que vem se destacando é o enoturismo, que nada mais é que, a atividade turística que se baseia na viagem motivada pela apreciação do sabor e aroma dos vinhos e das tradições e cultura de localidades que produzem esta bebida.
O enoturismo da Miolo, no Vale dos Vinhedos, por exemplo, recebe anualmente cerca de 200 mil turistas, com maior fluxo em altas temporadas, como férias de inverno e final de ano, além de outros feriados. Lá, comporta o Wine Garden Miolo, hoje um dos locais mais visitados em Bento Gonçalves, desde 2015, quando o projeto foi criado e, hoje, administrado pelas sócias Morgana Miolo e Gabriela Jornada. “A ideia foi criar um ambiente onde pudesse haver o consumo do vinho de forma descontraída em contato com a natureza, assim são os encontros no jardim do vinho, sempre com alto astral, boa gastronomia, e bons vinhos e drinks”, atenta Rodinaldo Gourlart.
Aproveitando a rota, Garibaldi é pertinho e você pode conhecer a cooperativa, que desde 1994, iniciou com o enoturismo. Hoje, com diferentes experiências oferecidas aos nossos enoturistas, com destaque para os seguintes projetos:
- Taça & Trufa: é uma experiência que combina a degustação de espumantes e vinhos Garibaldi com trufas artesanais exclusivas. Guiado por um especialista, você irá experimentar 5 harmonizações surpreendentes.
- Desperte seus sentidos: em meio aos passeios históricos, nasce um novo conceito de degustação para aguçar ainda mais os nossos sentidos: a degustação às cegas. Todo esse projeto é decorrente de uma linha ícone de vinhos chamada: Acordes.
- Uma história para degustar: conta com um passeio cheio de glamour, com toda a história da Cooperativa e a chegada de nossos primeiros imigrantes italianos, além da necessidade desta cooperativa para o município de Garibaldi. O passeio é uma verdadeira obra de arte, aliando sofisticação e requinte, através de uma loja conceito, com tradição e conservadorismo de um passeio em meio às pipas de madeira, verdadeiro resgate histórico do início do Brasil Vinícola.
Agora, deixo aqui o convite! Uma boa taça de vinho e uma visita a essas e tantas outras vitivinícolas e vinícolas espalhadas no Sul do país.