Nossa equipe da TV Mulheres Jornalistas apurou a que ponto chegamos na medicina. O que era para ser formalizado através de cuidados, se tornou questionador com a diversidade de casos de abusos até mesmo na universidade. Embora subnotificados e pouco acessíveis, os números da violência sexual em instituições de saúde impressionam.

A mídia trouxe a público, nos últimos tempos, com apoio de pacientes e estudantes, como o curso de medicina tratou um caso, não isolado, de estudantes que utilizaram uma quadra de vôlei feminino para se unir e nus fazerem atos sexuais em meio ao jogo. Também vimos casos de médicos abusadores sexuais que foram presos e no ato da prisão tiveram tratamentos diferenciados de outras pessoas da sociedade. Tratamento este que trouxe perguntas a questões de classe social e cor de pele.

A que ponto chegamos na medicina? As autoridades fazem o que com estes indivíduos que se denominam médicos? E quem os contrata busca saber a ficha, muitas vezes, extensa e corrida na polícia, para atender pessoas? O que diferencia uma pessoa desta categoria profissional para os demais? Existe uma diferenciação de tratamento, por quê?

É necessário falar sobre e não abafar! Há uma dificuldade de reunir as denúncias feitas aos conselhos regionais de medicina, às delegacias de polícia ou ao Ministério Público de cada estado, o que também atrapalha o dimensionamento desse tipo de violência sexual. Qual interesse de tapar o sol com a peneira, quando muitos voltam a trabalhar como se nada tivesse acontecido?

FICHA TÉCNICA
DIREÇÃO DE JORNALISMO: Letícia Fagundes, Jornalista
CHEFE DE REPORTAGEM: Juliana Monaco, Jornalista
REPORTAGEM E PRODUÇÃO EXECUTIVA : Juliana Tahamtani, Jornalista
APRESENTAÇÃO DE REPORTAGEM : Analli Venancio, Jornalista
EDIÇÃO: Vinícius Rodrigues, Editor de Imagens

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