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Segundo levantamento da Abrati, a expectativa é de que até dezembro deste ano sejam vendidos 3,1 milhões de bilhetes rodoviários. Isso é mais que os 2,7 milhões comercializados em 2019, antes da pandemia.

Com a população vacinada e ansiosa para repor o tempo perdido durante os vários meses de confinamento devido à pandemia de covid-19, o setor do turismo tem dado salto nas buscas e interesse em viagens.

Um levantamento publicado em 16 de novembro pela Associação Brasileira de Agências de Viagem (Abav), com agências associadas em várias localidades do Brasil, aponta que a demanda por viagens deu um salto no último trimestre do ano.

O problema é que, mesmo diante de tanto interesse no universo das viagens, infelizmente o poder de compra do brasileiro está menor. As altas nos preços das passagens aéreas direcionam, portanto, o consumidor para viagens feitas de ônibus.

Impulsionada a procura pelas viagens de ônibus Brasil afora, a expectativa do setor é que, até dezembro deste ano, sejam vendidos 3,1 milhões de bilhetes rodoviários. Isso é mais que os 2,7 milhões comercializados em 2019, antes da pandemia, segundo projeções da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati).

Segundo Marcelo Vasconcellos, co-fundador da Buser, a startup vem batendo recordes consecutivos de viajantes transportados em todo o País. Em setembro, o total de viajantes foi de 460 mil pessoas. Já em outubro, novo recorde: 600 mil pessoas viajaram por meio da plataforma, que tem mais de 5 milhões de clientes cadastrados no Brasil.

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Foto: Divulgação/Buser

“A missão da Buser sempre foi promover serviços de transporte melhores, mais seguros e confortáveis, e com preços acessíveis à toda a população brasileira. Ou seja, essa democratização vem sendo alcançada, como comprovam os números da nossa empresa. Estamos muito felizes em levar inovação, segurança, conforto e preço baixo a toda a população brasileira”, comemora Marcelo.

Mariana Daoud foi uma das milhares de brasileiras que optaram por viajar de ônibus nos últimos meses, pois essa se tornou uma opção mais viável financeiramente. A engenheira conta que, em outubro deste ano, queria fazer o trajeto Belo Horizonte > São Paulo, e a passagem aérea estava muito mais cara que a terrestre, e mesmo entre as opções de ônibus, ainda sim, havia altas nos preços. Ela optou, portanto, por viajar com a Buser, e amou a experiência.

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Mariana Daoud. Foto: Arquivo pessoal

“Foi extremamente confortável. Com o valor que eu paguei, eu consegui pegar um ônibus de leito e ainda saiu muito barato. O ônibus era muito bem equipado, tinha água, assentos confortáveis, espaçosos, motorista muito cordial e a qualidade interna do ônibus era impecável”, comenta.

A mineira diz que sempre considerará a Buser como uma opção, e que viajar de ônibus é sim uma boa experiência: “eu durmo bastante durante a viagem e acho bem confortável. Se nas próximas eu tiver a opção de ir de avião, eu irei mais pela questão do tempo, mas sempre pesarei entre a possibilidade de ir de Buser e avião por causa do preço”, finaliza.

Em simulação nos monitoramentos de preço da plataforma Google, é possível acompanhar uma referência de valores: viagens para janeiro de 2022 saindo de Belo Horizonte e com destino a São Paulo estão em torno de R$ 250 o trecho.

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Enquanto isso, através da plataforma ClickBus, líder em vendas online de passagens rodoviárias, é possível perceber passagens a partir de R$63 o trecho, considerando mesma data e destino.

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O caso da publicitaria Carollina Nunes, que mora em Poços de Caldas/MG, foi o mesmo: ela também buscava viajar para São Paulo, e os quase 260km de distância se tornava um complicador. “Eu moro no interior, aqui não tem aeroporto, logo essa é a única opção que eu tenho. Até para ir para o aeroporto eu preciso de ônibus, então acabei me adaptando, tem gente que gosta de aproveitar as curvas e toda a experiência que o ônibus tem”.

A também mineira fez o trajeto de ida com a companhia Cometa, que custou cerca de R$83, e retornou com a Buser por R$40,00. A soma da ida e volta não chega aos R$150, valor que não pagaria nem o trecho somente de ida aérea.

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Carolinna Nunes. Foto: Arquivo pessoal

Considerando R$7 por litro de gasolina, o trajeto da Carollina sendo feito em um carro de passeio que consome 12km por litro passaria dos R$150 somente na ida. Então, além da opção do avião, a viagem de carro não valeria a pena.

É aí que entra, segundo o co-fundador da Buser, a modalidade de funcionamento da empresa: o batizado “fretamento colaborativo”, um modelo de negócios inspirado na economia compartilhada. Marcelo explica que o “fretamento colaborativo” utiliza a tecnologia da plataforma para formar os grupos de viajantes, grupos de pessoas interessadas em fazer a mesma viagem. “A Buser conecta esse grupo com uma empresa de fretamento e rateia o custo da viagem entre as pessoas do grupo. Em termos de preço, com o rateio do custo do fretamento do ônibus, o viajante consegue pagar até 60% mais barato do que o valor cobrado por empresas regulares”, comenta o empresário.

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Marcelo Vasconcellos. Foto: Divulgação/Buser

A ideia funciona e vem crescendo muito nesses 4 anos de existência da Buser, que nasceu em 2017, quando Marcelo Abritta preparava sua festa de casamento e descobriu que fretar um ônibus para transportar familiares seria mais barato do que comprar passagens para todos em uma antiga empresa do setor. Surge então a proposta de conectar viajantes a empresas de transporte rodoviário.

A Buser já está presente em todos os 26 estados brasileiros e no Distrito Federal. “Essa marca alcançamos recentemente, depois que anunciamos nossa expansão para as regiões Norte e Nordeste. Por falar em expansão, nossa operação cresce de forma muito acelerada. Batemos recentemente a marca de 5 milhões de usuários cadastrados. Para atender à crescente demanda, contamos com mais de 400 parceiros (entre fretadores e viações maiores), utilizando mais de 1.200 ônibus”, comemora Marcelo.