Ser mãe e esposa é um trabalho árduo e compensador
Em épocas tão modernas onde a luta pela igualdade social e empoderamento feminino, pode ocorrer que a escolha da mulher de ficar em casa para acompanhar o desenvolvimento de seu filho seja uma justificativa para não trabalhar, como no caso de Giane.
Entretanto, as mulheres são livres para decidirem o que desejam, sem serem julgadas. Giane declarou para o portal que é “muito triste ver esse tipo de preconceito, vindo principalmente de mulheres. É uma pena, porque a gente sabe como é difícil deixar o filho na creche, trabalhar e fazer esse tipo de sacrifício”.
Até os 3 anos, ao confiar no adulto, a criança desenvolve e aprende a regular suas emoções, o contato direto com pessoas interagindo estimula as chances das crianças serem adultos positivos e seguros, segundo o Ministério da Cidadania.
Por isso, é importante a ação dos pais e o contato para a reação que a criança terá e os estímulos que os nerônios que ela precisa.
“Cada estímulo tem impacto na formação das conexões entre os neurônios e na formação do cérebro, que, aos 6 anos, conta com o dobro de conexões que o cérebro de um adulto. Esse é o melhor momento, quando o cérebro responde prontamente”, declara para o Ministério da Cidadania o médico neurocientista e diretor do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul, Jaderson Costa.
Trabalhar em casa cuidado dos filhos é um trabalho difícil, que muitos julgam como algo fácil e simples. De acordo com o desabafo feito nas redes sociais pela americana Bridgette Anne, “todo mundo acha que ficar em casa, sendo mãe em tempo integral é fácil. Que temos sorte de poder não trabalhar fora, que somos preguiçosas, que não é um trabalho “real” e por isso não temos do que reclamar, mas na verdade é solitário e esmagador”.
Segundo a pesquisa Mães Contemporâneas, realizada em 2013 pelo Ibope, cerca de 55% das brasileiras que têm filhos e trabalham fora gostariam de largar o emprego e passar todo o tempo com as crianças. Em um bate-papo com a Juliana Pratis Bravo e o Coletivo Mulheres Jornalistas conversamos sobre a experiência dela como mãe.
Coletivo Mulheres Jornalistas: O que levou a ficar mais com a família?Juliana: Chega em um determinado tempo da nossa vida como mulher que a maternidade aflora, mesmo não sendo mãe sentimos que isso nos falta! MJ: Desde quando pensou em se dedicar e a ter uma família?
Juliana: Cresci em uma família grande! Uma família composta por mãe e filhos, não tive o amor de pai tao perto. Isso me instigou muito a lutar por ter uma família, fazer com que eu solidasse meu casamento, criasse raízes para que minha filha viesse em um ambiente de segurança amor e respeito. MJ: Como podemos exercer o direito da liberdade de escolha com o julgamento?
Juliana: Simplesmente quem sabe o melhor para você é você mesmo, às vezes o que para mim, é certo para você pode não ser! Infelizmente, quando nos tornamos mães passamos cada absurdo. Ficam perguntando você só é dona de casa? Não faz nada? Gente uma rotina de dona de casa e muito puxada, todos os dias tem o que fazer, e filhos requer atenção 24 horas. MJ:Ficar em casa e se dedicar a família foi uma opção ou você não conseguiu entrar mercado de trabalho novamente?
Juliana: Ficar em casa foi uma decisão desde que planejei a Maria Eduarda, ela foi planejada. Desde que decidi ser mãe me planejei a cuidar somente dela, ser presente em tudo. Mas hoje ela com 3 anos e na escola, entrar no mercado de trabalho esta sendo muito complicado. Por exigências de disponibilidade total, quando escolhemos a maternidade isso nunca mais vai acontecer (nosso tempo sempre sera dividido para os filhos e trabalho). E as empresas não estão preparados para isso. MJ: As pessoas a sua volta entende o quão é difícil cuidar da casa?
Juliana: Não até o momento em que se foi trocado os papeis. Eu fui trabalhar e meu marido ficou em casa com as crianças. Hoje sou mais valorizada! Hoje meu esposo percebeu o quão difícil é ser mãe e esposa, você se dedica ao extremo a ver todos bem e tudo impecável, ser mãe e esposa é árduo, mas compensador! Hoje sei o quanto sou forte, competente e não deixo que me digam o contrário amo ser mãe e mulher!