Por Letícia Fagundes, jornalista

Quando falamos em pessoas populares, famosas, aquelas que temos certa admiração por dividirem suas opiniões de forma pública, por serem públicas, sejam elas atores, cantores, políticos, jornalistas ou influenciadores. Estas pessoas também sugerem dentro da cabeça de cada um de nós, individualmente, uma expectativa.

Temos as traições que vieram à tona e que não dividiram mais opiniões, em que ficou muito claro a falta de caráter, como o caso de Preta Gil que revelou que foi traída pelo então marido Rodrigo Godoy, em pleno tratamento de câncer. Na sequência, Bella Campos terminou o relacionamento com MC Cabelinho após boatos de que o rapper teria se encontrado com uma ex-ficante em Belo Horizonte (MG). Após, Luísa Sonza, 25, afirmou ao vivo no Mais Você que foi traída por seu agora ex-namorado Chico Veiga, num banheiro de um boteco.

Por fim, não houve traição, mas uma separação, inesperada pelo público, a de Lucas Lima e da cantora Sandy (foto). Os internautas, os fãs e todos ficaram surpresos, uma vez que a união do casal foi muito bem protegida, em todos estes anos, a ponto da interpretação ser de um “felizes para sempre”.

Nos afeta porque entendemos que eles estão em um patamar acima. Eles não erram, eles não vivem o que a gente vive. Portanto, a gente fica desajustado, sem entender. Parece que nossos ídolos têm se humanizado, principalmente as mulheres, que divulgam situações que muitas passam, como términos, sejam por consentimento ou violação ética.

Temos um novo público também. Aquele que interage, dá apoio, principalmente às mulheres que viveram uma traição, uma violência psicológica no caso. Luisa Sonza tem seus fãs receptivos às suas dores. Expor é uma forma de desmestificar, de tirar de um pedestal que criaram e de aliviar ao ídolo a dor de carregar uma vida “perfeita”.

Sorrir em um palco, quando por SMS recebe o término do casamento, um pouco antes de fazer um show, como Kate Perry, é assustador e desumano. É importante humanizar nossos ídolos, para que eles também tenham esse espaço de fala, que não se sobrecarreguem de vidas perfeitas cheias de dores internas silenciadas.

Creio que influenciar é promover a luta!