Narcisa Amália de Campos foi a primeira jornalista profissional do Brasil e uma das grandes vozes femininas do século XIX. Nascida em 1852, em São João da Barra (RJ), destacou-se como escritora, poetisa e defensora dos direitos das mulheres. Sua atuação na imprensa foi marcada pela coragem e inteligência com que abordava temas como política, educação e igualdade de gênero, em uma época em que o espaço público era majoritariamente masculino. Narcisa escreveu para diversos jornais e chegou a fundar e dirigir o periódico A Gazetinha, onde denunciava injustiças sociais e defendia o protagonismo feminino. Sua trajetória abriu caminho para gerações de mulheres na imprensa brasileira.

Narcisa faleceu aos 72 anos, em 24 de junho de 1924. Escreveu artigos importante como “A emancipação da mulher” e “A mulher do século XX” que provocaram desconforto na sociedade conservadora da época.

Como jornalista mulher, Narcisa Amália se destacou por:

  • Pioneirismo na Imprensa Brasileira: Primeira mulher a atuar como jornalista profissional no Brasil, abrindo caminho para outras mulheres na comunicação.
  • Atuação em Periódicos: Colaborou com diversos jornais do século XIX, escrevendo artigos opinativos e literários, muitas vezes assinando com pseudônimos para driblar o preconceito de gênero.
  • Fundação de Periódico: Fundou e dirigiu A Gazetinha, um jornal onde teve liberdade para expressar suas ideias e lutar por justiça social.
  • Voz Feminina na Política: Tratava de temas políticos com olhar crítico e engajado, algo raro para mulheres da época.
  • Defensora dos Direitos das Mulheres: Utilizou a imprensa para defender a educação feminina e a emancipação da mulher na sociedade brasileira.
  • Combate ao Machismo Estrutural: Enfrentou resistência em um meio dominado por homens, mas manteve firme sua atuação crítica e independente.
  • Intelectualidade Feminina: Era respeitada por seu domínio da escrita, erudição e estilo aguçado, conquistando espaço num ambiente altamente elitizado e masculino.
  • Legado Jornalístico e Literário: Sua obra influenciou o pensamento feminista e libertário da imprensa brasileira, sendo referência até hoje na luta por igualdade de gênero na mídia.