Por Gabriele Lindner

A noite da última sexta-feira foi marcada pelo ato “Mulheres pela Democracia”, no Mercado Público em Itajaí (SC). O evento foi em comemoração ao Dia da Mulher, como marco diante de uma história de lutas das mulheres.

Registros mostram que o dia da mulher já é comemorado desde o início do século 20 na Europa e nos Estados Unidos, muito antes da oficialização da data por parte da ONU, em 1975. Um dos motivos históricos desta causa foi o incêndio da fábrica têxtil que ocorreu em 1911, na cidade de Nova York, e tirou a vida de mais de 100 mulheres, escancarando uma realidade de más condições de trabalho – ainda piores quando se tratava do gênero feminino. Este foi apenas um dos episódios tristes que impulsionaram as mulheres a lutar por melhores condições de trabalho. A partir daí, diferentes grupos de mulheres operárias passaram a reivindicar por melhores condições de trabalho.

A alemã Clara Zetkin é um nome fundamental quando pensamos no Dia da Mulher. Ativista, professora, feminista e política, ela foi a responsável por levar a discussão sobre a situação feminina para dentro do movimento sindical e socialista.

Na ocasião do ato em defesa pela democracia, alguns temas importantes foram abordados, entre eles: igualdade de direitos entre mulheres e homens, combate à fome, pobreza e todas as formas de violência, inclusive política.

Entre as falas pronunciadas por mulheres de diversas entidades sociais e partidos políticos, PT, Psol e PC doB, foi feito um repúdio em apoio às vereadoras catarinenses: Maria Tereza Capra – PT (São Miguel do Oeste); Carla Ayres – PT (Florianópolis); Giovana Mondardo -PC do B (Criciúma), Ana Lúcia Martins-PT (Joinville) e Marlina Oliveira Schiessl – PT (Brusque), que foram vítimas de violência política.

O Baque Mulher também esteve presente em um show de música e representatividade feminina. Além disso, foram arrecadados absorventes e produtos de higiene que serão doados a mulheres carentes de recursos financeiros.