Mulher, negra e pioneira, Glória Maria é o maior ícone da tv brasileira
Por: Marta Dueñas, jornalista
E-mail: marta.duenas@mulheresjornalistas.com
Chefe de reportagem: Juliana Monaco, jornalista
Diretora de jornalismo: Letícia Fagundes, jornalista
Glória foi a primeira repórter a entrar ao vivo no Jornal Nacional, em 1977, e foi, também, a primeira jornalista a fazer reportagem na TV em cores. Em 2007, a jornalista realizou a primeira transmissão em HD da televisão brasileira. Em sua carreira viajou o mundo, se desafio, participou de aventuras como escaladas e voos. Realizou entrevistas marcantes, explorou destinos incríveis, conheceu povos, culturas e lugares em todo mundo. Com uma carreira sólida e eclética, foi a primeira jornalista a fazer uma reportagem durante um voo de asa delta e foi a primeira mulher brasileira a realizar uma cobertura de guerra, nas Malvinas, em 1982. A jornalista foi um dos destaques do Globo Repórter e do Fantástico, viajou por 163 países tendo carimbado 15 passaportes. Entrevistou grandes personalidades e artistas internacionais como Michael Jackson, Elthon John, Mick Jagger, Madonna e Freddie Mercury. Seu pioneirismo é reconhecido como inspiração para muitas gerações de mulheres e meninas.
Glória Maria, mulher negra, livre, competente, ícone do jornalismo e televisão brasileira, profissional que deixa muitos legados dentro os quais, o exemplo de força e liberdade. Filha do alfaiate Cosme Braga da Silva e da dona de casa Edna Alves Matta, Glória Maria Matta da Silva nasceu no Rio de Janeiro.
Formada em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), chegou a trabalhar como telefonista na Embratel durante os estudos. Começou sua carreira na Rede Globo como rádio-escuta nos anos 70.
Lutou contra um câncer de pulmão, diagnosticado em 2019. Foi internada no dia 4 de janeiro para tratar um tumor metastático no cérebro. Faleceu nesta quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023.