Um estudo realizado pela Universidade Nacional de Singapura, publicado neste mês pela revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), chegou à conclusão de que milhares de mulheres tiveram suas gestações interrompidas através de abortos seletivos impedindo que 23,1 milhões de fetos do sexo feminino tivessem vidas desde 1970. O motivo é o que mais assusta, a preferência em ter bebês do sexo masculino nas famílias.
Aborto seletivo causa desequilíbrio demográfico entre homem e mulher
O estudo listou e comparou estatísticas desde 1970 até 2017 e os países com o maior índice dos casos são a China com 11,9 milhões de falta das mulheres e a Índia com 10,6 milhões. Esses dois países são os responsáveis pela grande desigualdade mundial de quantidade de mulheres e homens pois juntos geram um terço dos nascimentos do planeta e concentram 38% da população.
Depois de China e a Índia, chegam Vietnã, onde faltam 254 mil mulheres, Coreia do Sul (155 mil), Azerbaijão (72 mil) e Taiwan (47 mil). Eles são seguidos por Tunísia (37 mil), Armênia (19 mil), Geórgia (12 mil), Albânia (11 mil), Hong Kong (7 mil) e Montenegro (2 mil).
Na maioria dos países o fato acontece devido à cultura estabelecida desde anos atrás, onde famílias com filhos homens eram tratadas com respeito e famílias com filhas mulheres não eram aceitas pela sociedade e o grande impacto é saber que em um mundo com grandes lutas vencidas contra a desigualdade social esse tipo de cultura ainda prevalece.