Por Mirian Romão-São Paulo

Um logotipo retrata a imagem e a essência do negócio, é uma representação visual bonita e funcional, facilita também na hora de identificar uma determinada empresa ou produto. 
 
A importância de ter um logotipo vai além de se destacar entre os concorrentes. A partir dos valores, missão e visão da empresa, a criação do logotipo de seu negócio constrói confiança, transmite sentimento e emoção com as cores.  Os designers gráficos são os profissionais que desempenham a atividade de transformar a identidade visual de uma empresa. Sem contar a importância do designer em qualquer outro segmento, como nas páginas de internet, criação de arte e em basicamente tudo aquilo que nos cerca. 

Pensando nisso, a designer gráfica, Camila Mariano Sborz, de Santa Catarina, elaborou o logotipo para o Coletivo Mulheres Jornalistas, uma forma de transmitir a essência do coletivo e dar cores ao nosso trabalho.  Quando conheceu o Coletivo, a Designer Gráfico, Camila, estava trabalhando como freelancer, atualmente ela possui um trabalho fixo, mas ainda continua com alguns freelas.  Ela elabora identidades visuais, logos, social media, papelaria e impressão.  A Camila nos contou um pouco sobre o processo de criação do logotipo do Coletivo Mulheres Jornalistas, confira:

 
Coletivo: Qual o conceito do desenho e das cores? 
Camila: O logotipo que eu gerei para o  Coletivo Mulheres Jornalistas é uma redução do seu nome completo para suas iniciais. Como o nome é bem marcante e direto ao explicar sobre o que se trata essa marca, eu não quis fazer algo abstrato, como um símbolo, achei melhor manter um nome. No entanto, o nome é bem comprido e isso acaba reduzindo as possibilidades de aplicação para diferentes superfícies e plataformas, por isso a redução para as iniciais.

Coletivo: Qual a mensagem por trás do logo? 

Camila: Como a logo é bem direta ela não tem nenhuma mensagem por trás, talvez um símbolo merecesse uma interpretação, mas neste caso ela tem objetivo de dar nome e identificação. É a representação gráfica do Mulheres Jornalistas.

Coletivo: Como foi que chegou na ideia do logo?  

Camila: Tudo começou com um briefing e com um estudo do Mulheres Jornalistas, a Letícia (presidente do Coletivo) me deu orientações sobre o que ela esperava para o visual da marca e a partir disso, eu gerei várias alternativas. Para a logo, fiz alguns desenhos mais abstratos, outros mantinham o nome completo e algumas opções com as iniciais. Também gerei outras paletas de cores que seriam viáveis, mas no final eu e a Letícia optamos em conjunto pela que está sendo usada hoje.

Coletivo: Como desenvolver as cores para representar as mulheres jornalistas? 

Camila: Às Mulheres Jornalistas, precisava acima de tudo uma formalização da sua marca. Então o logotipo oferece essa formalização e ele dá uma cara à marca então ele agrega certo profissionalismo. O fato é que agora vocês, mulheres jornalistas, terão a sua própria identidade e o logotipo é o início disso.  As cores que vão muito além do logotipo, mas a cor foi aplicada em toda a identidade e provavelmente é a parte que mais chama atenção em todo o visual. As cores foram escolhidas cores fortes e calorosas porque eu senti que precisava a ação da comunicação e da luta acerca da representatividade onde aquelas cores mais tradicionais do jornalismo não se encaixam muito bem. Considerando todo o trabalho do Coletivo, um cinza e um azul eu não acho que é uma coisa que combina com o diferencial de vocês. As cores fortes destacaram um diferencial que é justamente a luta da representatividade.

Coletivo: Além das cores como o logo representa o coletivo?

Camila: Mas tirando as cores eu acredito que o resto manteve sim o profissionalismo e a formalidade do caráter jornalístico. Eu escolhi uma fonte básica para texto. Fora isso nada foi muito alterado. Não é uma louca abstrata não é uma lua muito orgânica. Ela é bem direta e simples. Então foi só mudando as cores mesmo.